tag:blogger.com,1999:blog-85845272024-03-23T18:21:00.553+00:00A Cruz e o CrescenteRelato bem-intencionado das minhas impressões, malgrado as imprecisões. Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-47979537165676938972007-06-26T10:40:00.000+01:002013-09-03T21:08:20.949+01:00Voice of Prophecy "666""I have wondered over the years why so many old souls, are here again with us now, back in this age of Aquarius. Every where we recognise those of the same group soul, I imagined as did so many others we were here to mop up after the cold war, but here in the fullness of time my fears were unfounded. The numbers of people who feel spiritually and emotionally disenfranchised, even the sheer numbers of people suffering stress, spiritual loneliness, alienation, depression or unease, can no longer be dismissed.<br /><br />Many people in their sleep state are striving desperately to prevent the coming Armageddon in the Middle East. In times of crisis we are always sent messengers. The Cold war ended when the predicted man with the sign of the “comet” on his head would come to power. this coincided with ”Halley’s comet,” appearing while President Gorbachev was in office. Gorbachev had a comet shaped birthmark on his forehead. Now President Bush - Incidentally the “Bush” in the dictionary under the term “bush man” is described as a would be settler or traveller in an uncleared land. directly along side the worrying terms - “bushfire” and “ burning bush.”<br /><br />The American senate has described Iraq as a land needing clearing and for years back psychics have seen burning oil wells. The battle has been raging on the inner planes for some time, no wonder so many wake ill or exhausted, remember in the fight against evil each must play his part in prevention. Just as Stalin the man of atheism, communism and materialism has been identified as an anagram of Satan, the letter “L” means 50 in Latin, coinciding to his stated 50 year march to world domination. <br /><br />If experts assign Stalin as one of the antichrists, why are the voices of righteousness so silent on “the axis of evil” Bush, Blair and Sharon’ss assault on the Muslim world? Where next ? Attacks on foreigners are called by Britain’s New Labour “hate crimes” But the government is exempt of course. Finally, the book of revelation tells of the mark of the beast on the head and hand, Tony Blair has the well-documented “Simian line” on his hand, this is recognised as an atavistic or psychopathic indicator. And I thought thou shalt not kill was a Christian commandment! or maybe muslims do not count.<br /><br />Incidentally, in Tony Blairs Sedgefield constituency at the 2005 election, the figures for the electorate were the strange number of 66,666. A case of the devil looking after his own. “By their fruits shall ye know them”?"<br /><br />Posted by Brendan Kilmartin<br /><br />Copyright©2006 T.Stokes Paranormal Studies Lecturer/Consultant PalmistLunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-57925422998915002172007-06-06T23:07:00.000+01:002013-09-06T00:32:46.701+01:00O arranjador de altaresAquela era uma imagem que, por mais que me esforçasse, não combinava com o resto da pintura.
A rapariga entrou na igreja, ofegante, fugindo da chuva que começara a cair lá fora e, por momentos, nem sequer se lembrou de fazer a genuflexão. No interior do recinto, encontravam-se meia-dúzia de pessoas, atarefadas a enfeitar os altares para a Eucaristia que se iria realizar dali a algumas horas. À meia-luz do templo, ela viu-o. Vestido de fato completo e gravata, como se estivesse preparado para uma festa, encontrava-se um homem loiro a enfeitar com rosas brancas o altar de Cristo crucificado. Por momentos, pensou ter a visão de um anjo, mas, imediatamente, algo puxou-a de volta à terra. Não, não era um anjo, pois que as mãos que manejavam a tesoura e aparavam as hastes das rosas denunciavam a passagem do tempo por aquele corpo, impressa nos sulcos da pele visíveis à superfície. Quarenta e picos ... Não lhe dava mais do que isso. Era o único homem que se encontrava lá dentro, mas ela juraria que ele não se incomodava nada com esse facto ... Espantou-se com a habilidade e destreza com que colocava as rosas nos vasos. "Eu não teria tamanha facilidade" - pensou, invejosa, ao lembrar-se das dificuldades que tinha em criar um simples arranjo de flores em casa. Se havia algo que ela nunca conseguira fazer com perfeição era organizar um ramo de flores dentro de um vaso. Que desígnios do Acaso teriam colocado aquele homem a enfeitar o altar? Sim, porque se havia algo de que ela estava absolutamente convencida era de que aquela tarefa estava reservada às mulheres! Lembrava-se da avó que ficara incumbida, por herança familiar, de enfeitar o altar de N. Sra. da Conceição. Era uma missão que passara por várias gerações na família, já ninguém se lembrava de quem teria sido a primeira pessoa a fazê-lo. Mas um homem a enfeitar um altar, nos tempos que correm, era algo de que realmente não estava nada à espera ... Foi surpreendida a olhar para ele. Com discrição desviou o olhar, tentando parecer natural, mas algo lhe dizia que ele tinha reparado ... Achou melhor sair dali. Fez o sinal da cruz e aproveitou para dar uma última olhada no arranjo final. Estava perfeito. Quando saiu da igreja, a chuva já terminara, mas no ar pairava um intenso aroma a água de rosas.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-9942196597348128752007-05-15T18:05:00.000+01:002013-09-03T23:24:38.887+01:00O SolitárioNão passava de um quarentão solitário cuja vida, na melhor das hipóteses, resumia-se a navegar na internet em busca de alguém que lhe desse a atenção que, desesperadamente, não encontrava em casa. Há muito que, para ele, o mundo em que vivia despira-se de todo o sentido, e naquelas madrugadas perdidas em frente ao computador, procurava encontrar o esboço de uma qualquer ilusão que, para ele, parecia apenas residir nos códigos mortos da internet. Ao longo dos anos, a realidade que tanto odiava transformara-o num cínico e criara um homem falso no qual, por detrás das falinhas mansas e do tom aparentemente benévolo com que tratava os seus interlocutores, se escondia um monstro de duas faces, cujas acções dificilmente poderiam corresponder aos pensamentos. As suas principais vítimas eram as mulheres. Era para elas que dirigia toda a raiva que acumulara desde o dia do divórcio. E quando alguma incauta caia na rede dos seus supostos encantos, dificilmente poderia imaginar que naquele jogo de palavras gentis tecladas por mãos habilidosas de sorriso hipócrita, estava escondida uma aranha que tecera ardilosamente, ao longo do tempo, uma teia de enganos e desilusões. O cerne da sua vida, aliás, a sua razão de existir, limitara-se a isto: à vingança. Perdera a conta às madrugadas que passara em frente ao computador a tentar inventar poemas e palavras bonitas. As gajas davam-lhe muito trabalho e já não havia pachorra nem criatividade para aturá-las. Uma vez, fizera-se passar por padre e ouvira pequenas confissões de quem não se sentia bem na vida. A ingenuidade é tão velha quanto o mundo e por mais que se saiba que na internet não se vêem caras nem corações, haveria sempre de aparecer alguém pronto para sofrer a primeira desilusão cibernética. Porém, essas pequenas vitórias que, temporariamente, lhe alimentavam o ego não eram suficientes para tapar o vazio existencial que sentia todas as noites antes de ir para a cama.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-88260980130810790252007-05-14T14:30:00.000+01:002007-05-14T15:05:20.900+01:00PiroposHoje aconteceu-me uma coisa que me fez realmente sorrir, como já não acontecia há muito tempo ... Estava a caminhar no passeio quando ouço um indivíduo que, de dentro do carro, põe a cabeça para fora e grita com toda a força: `"És a flor mais linda da primavera, moça!". Confesso que aquilo apanhou-me de surpresa. Normalmente, não gosto de piropos, principalmente quando são lançados por velhos, que já deviam ter idade para ganharem juízo. Não foram poucas as vezes em que coloquei indivíduos em muito má situação por causa de palavras que considerei abusivas, com a mulher ao lado e tudo! Mas desta vez, sorri ... Para quem já está quase a chegar aos quarenta, não está nada mal, não senhora ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-9523398826380360322007-04-11T18:01:00.000+01:002013-09-06T00:45:47.269+01:00Confluência (para Sara)Passou de carro em frente à loja e hesitou se devia parar ou continuar o caminho. Não havia muito tempo que lá estivera e, fazendo jus à sua sensibilidade, perguntava-se se não estaria a incomodar demasiadamente aquela pessoa que lhe tinha dado ouvidos uma e outra vez, desde aquela primeira noite em que se sentara no café do auditório e contara parte da sua vida a uma estranha. Decidiu parar. Intimamente, algo lhe dizia que podia confiar naquela mulher, por mais auto-censuras que a sua mente ou os seus temores lhe impusessem. A mulher da loja estava só. Nos últimos tempos, também ela pensara naquela quase desconhecida que, certa noite, lhe segredara parte das suas angústias. Simpatizara com ela desde então, talvez por terem um percurso de vida muito semelhante. Mas ao contrário da outra, a mulher da loja estava de bem consigo própria ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-67126962608899892182007-03-09T17:14:00.000+00:002013-09-06T00:43:02.528+01:00FestaSupostamente toda a gente devia estar feliz naquele dia, afinal não era sempre que uma festa luxuosa daquelas acontecia. O cenário era lindíssimo: uma quinta, uma fonte onde todos aproveitavam para tirar fotografias, um extenso relvado onde as crianças podiam brincar e um parque infantil especialmente construído para elas. Campo de futebol e uma piscina que nunca chegou a ser utilizada completavam o cenário. Mas, de todas essas coisas, o que sobressaía mesmo naquela idílica paisagem era o edifício. Majestosamente instalado no alto de uma colina, só era possível aceder-lhe através de uma escadaria, cujos degraus se afunilavam à medida que íamos subindo. Alcançar o topo das escadas era o objectivo final de todos os que se atreviam a desafiá-la e a recompensa, ao fim de tanto esforço, estava mesmo ali à mão de semear: numerosas mesas espalhadas à volta do edifício ostentavam toda a espécie de aperitivos, adornados de tal maneira que uma pessoa sentia-se intimidada só de ter que estragar aquelas esculturas tão saborosas. De facto, fora tal o trabalho empregue na elaboração dos pratos que uma pessoa não só regalava os olhos com a beleza destes, como também mimoseava o paladar, saboreando rissóis, croquetes, mariscos, salada de polvo e até lagosta, tudo acompanhado de vinhos e bebidas das mais variadas espécies, numa verdadeira antecipação do generoso repasto que nos esperava dentro do restaurante, no qual se incluía o tão esperado arroz de tamboril, que toda a gente comentava ainda antes de chegarmos ao local. Isabel também lá se encontrava. Como todas as pessoas presentes na festa, ela parecia estar feliz, embora se sentisse deslocada por saber que não fazia parte daquela família.
Não sei se por indicação dos anfitriões ou se por achar que ali eu seria a única pessoa com quem poderia entabular uma conversa, a verdade é que Isabel viera sentar-se à minha mesa ... Eu esperava passar uma noite divertida, juro que esperava, afinal tinha-me preparado física e mentalmente para estar uma noite inteira a comer, rir e dançar. E não fosse o facto de habitualmente me deitar cedo, tal como fazem as galinhas, não havia no horizonte mais próximo nenhuma outra sombra que me pudesse estragar aquela noite. Mas, pronto! Isabel sentou-se ao meu lado! E mal a senti junto a mim, soou no meu espírito um alarme, como que a avisar-me de que nem tudo correria tão bem como eu havia antecipado ...O jantar, no entanto, decorreu com normalidade. Tal como eu pudera comprovar nos aperitivos, havia esmero na confecção daqueles pratos. Não só o jantar estivera óptimo, como também a música ambiente era acolhedora e por momentos esqueci-me de que Isabel era minha vizinha. A alegria no ar, aliás, era contagiante e nem quando os convidados, já depois de perfeitamente saciados e algo bêbados, se foram levantando das mesas para acompanhar a fila de pessoas que, entretanto, se formara para dançar ao ritmo de "Apita o Comboio", nem mesmo nessa altura, a sombra de Isabel me voltou a incomodar. Na verdade, a minha mente havia temporariamente se esquecido da presença daquela mulher e concentrara-se no arroz de tamboril que ainda não havia sido servido. "Será durante a madrugada", respondera-me um empregado. "De madrugada?! E isso são horas de comer?" - pensava eu surpreendida. É que eu estava mesmo à espera daquele prato. E podia sofrer a noite toda com o sono, mas nada me impediria de experimentar o famigerado arroz! Voltei a concentrar-me em Isabel. Ela ainda não se tinha levantado para dançar, algo que me pareceu estranho, dada a experiência que eu já tinha de festas anteriores. Contrariando o ambiente geral, Isabel parecia triste, o olhar distante, como se quisesse fugir dali para um local que nem ela saberia dizer onde fica.
- O que fiz de mal a Deus? - balbuciou a mulher por entre goles de vinho. Percebi onde ela queria chegar. Acabara de ser expulsa de casa, do único bem que lhe deixara o pai como herança. A meia-irmã não fora capaz de conter os ímpetos gananciosos do marido que, alegando uma suposta deficiência mental da cunhada, pusera Isabel fora de casa. Agora vivia de favor em casa dos meus tios, daquela família a quem, talvez, ela gostasse de pertencer se não tivesse tido o azar de nascer enjeitada.
- Gosto muito dos meus sobrinhos, eles sabem disso, mas o que me fizeram não esquecerei nunca. - continuava a mulher. Normalmente, Isabel já falava com dificuldade, mas a bebedeira em que parecia estar a mergulhar-se dificultava ainda mais a compreensão do que ela dizia.
- Isabel, tu não és a única a sofrer. - respondi-lhe num tom pouco convincente. Tentava descobrir alguma maneira de a poder confortar. Mas era difícil. Naquela noite, Isabel chorava, como as águas da fonte que, lá fora, tinham embelezado o cenário das fotos dos meninos felizes.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-54924839794758332952007-02-21T17:35:00.000+00:002013-09-06T00:24:59.050+01:00IsabelIsabel nascera do acaso. O seu corpinho franzino denunciava as sequelas de uma infância difícil, em que a palavra <em>Amor</em> tinha um significado que ela ainda não descobrira após quase meio século de vida. Aquando do seu nascimento, tornara-se óbvio para todas as pessoas a viver naquela casa que a criança viera ao mundo para sofrer, e quando o pai a colocou aos cuidados de uma prima distante, às vésperas de embarcar para o Brasil, surgiram com nitidez, na mente de cada uma das pessoas que se encontravam naquela sala, os presságios de uma vida difícil, que se concretizariam num longo historial de abandono e solidão. O seu calvário, aliás, começara quando ela mal tinha chegado ao mundo, com a morte da mãe em consequência das mazelas do parto ...
Eu nunca reparara em Isabel com a devida atenção que ela merecia. Na verdade, a sua aparência demasiado frágil sempre me provocara algum mal-estar. Nunca percebera muito bem porque tinha as pernas tão finas e uma cabeça tão desproporcional em relação ao corpo, o qual parecia não conseguir controlar muito bem. Não fora já a Natureza suficientemente madrasta para com o seu aspecto exterior e ainda tinha de suportar o facto de não conseguir caminhar com naturalidade. Com efeito, o seu andar dava o toque final à sua frágil figura, movimentando-se Isabel como se fosse um boneco desajeitado, articulando braços e pernas como se estivesse a ser manipulada por cordas de marionetes, num absurdo teatro em que ela era a personagem trágica. De tal forma era bizarro o seu andar, que quem não a conhecesse, poderia pensar que ela se tinha em muito alta conta, tamanho era o esforço que fazia para manter a cabeça erguida. Mas o que mais me impressionava em Isabel era a sua dificuldade em articular uma frase, sem que, para isso, tivesse que fazer um grande esforço. É curioso. Eu via inteligência em Isabel, mas os defeitos no seu corpo faziam com que todos pensassem que ela tinha algum tipo de deficiência mental. Até então eu não me dera ao trabalho de conjecturar sobre a vida daquela mulher e tentar descobrir o porquê de, tantas vezes, ela vir ter comigo para conversar, mas suponho que tal se devesse ao facto de eu sempre me ter revelado cordial para com ela e, não raras vezes, distanciar-me das atitudes e pensamentos da minha avó, por quem Isabel, por mais graves que tenham sido os desmazelos da minha ascendente, sempre demonstrara um sentimento de gratidão, por ter sido a única pessoa que cuidara dela na infância ... Sim, a minha avó herdara o fardo de a criar ainda sequer tinha completado trinta anos, e talvez por isso Isabel haveria de pagar o preço, por ter sido o objecto de uma boa acção que a minha avó nunca pretendera realizar, mas que, por razões familiares, lhe tinha sido imposta no leito de morte da sua mãe.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-87677060401753471702007-02-09T16:44:00.000+00:002013-09-06T00:09:50.750+01:00Out of this World
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTZiytsgG_DCC-y6O4OpsL3OXiN7MPqzCsLCgTsDoW2GHXiUSJbjQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTZiytsgG_DCC-y6O4OpsL3OXiN7MPqzCsLCgTsDoW2GHXiUSJbjQ" /></a></div>
I'm praying for rain<br />I'm praying that you'll come to your senses<br />Because whilst you bask in the warmth of the sun<br />You're vulnerable and defenceless<br /><br />There are so many people<br />Who come to depend on you<br />There are even some Impressionable Fools<br />For whom you are a guru<br /><br />And you turn to them and you say<br />Love is in the season<br />But the seasons change<br />Then what will you believe in?<br /><br />When the winter comes<br />That's when I'll be leaving<br />I leave to find a way<br />To break out of this world <br />Yes, there's got to be a way<br />To break out of this world<br /><br />You won't burn out<br />Yours is a love that smoulders <br />So why do you feel<br />That you're carrying the weight<br />Of the world upon your shoulders?<br /><br />Not that it amounts too much<br />But I'd help you if I could<br />Now don't waste your breath<br />Refusing my help<br />That's already understood<br /><br />And you turn to me and you say<br />Love is in the season<br />But the seasons change <br />Then what will you believe in? <br /><br />When the winter comes<br />That's when I'll be leaving<br />I leave to find a way<br />To break out of this world<br />Yes, there's got to be a way<br />To break out of this world<br /><br /><strong> Out of this World </strong> - Edwyn CollinsLunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1164733449198334942006-11-29T17:55:00.000+00:002013-09-03T21:31:19.576+01:00O espanta-espíritosO despertador acabara de tocar aquela musiquinha chata que ela nunca tivera a oportunidade de escolher. Já sabia que horas eram; sete horas da manhã. E só de pensar que tinha um dia inteiro pela frente - ainda por cima com aquela tempestade que caía lá fora - desanimava-a de tal maneira que não encontrava forças para se levantar da cama, quanto mais enfrentar um dia terrível daqueles. Se pudesse, bem que ficava por ali mesmo ... Foi tomar o pequeno-almoço. A figura protectora da mãe apareceu à sua frente, como se estivesse à espera, e ela reconheceu-lhe o rosto, mas a cozinha não era a mesma que costumava utilizar todos os dias. Conversaram sobre algo de que já não conseguia lembrar-se. Certamente, nada de importante. De repente, o ar encheu-se de fumo e as duas procuraram por todo o lado a origem daquele incidente. Ah! Era a máquina de café que tinha entrado em curto-circuito. Ainda tivera tempo de ver as faíscas que saíam da tomada, ao mesmo tempo que o fumo invadia a cozinha. Com receio, desligou o interruptor e retirou a ficha da tomada. Alguém assomou à porta. Era a irmã. Devia ter estranhado a presença dela ali, mas nem sequer teve tempo para pensar nisso ...
- Vem aí um furacão! - disse a irmã
- Um furacão? - respondeu ela - Ah! Então era por isso que as luzes estavam a falhar e a máquina de café entrou em curto-circuito ...Num ápice, o seu instinto de sobrevivência começou a funcionar.
- Esta casa tem cave? É preciso cobertores e água! Não se esqueçam de levar água!
Correu pela casa à procura daqueles bens essenciais. "Se o furacão destruir a casa, será que sobrevivemos aos escombros?". Mas nem este pensamento fora suficiente para lembrar de que era necessário um estojo de primeiros-socorros. Encontrou uns frascos de doce que a mãe fizera, mas estavam acondicionados em garrafas de água! "Que ideia mais absurda a mãe ter colocado o doce ali". É verdade que não gostava de doces caseiros, mas ainda bem que os encontrara. Na pressa de se prepararem para o furacão, aquele bem que poderia ser o único alimento que teriam no abrigo.Assomou à janela e então vislumbrou ao longe a cena dantesca que se preparava para destruir a sua casa. Não era um, mas quatro furacões! "Meu Deus! Isto vai ser pior que o Katrina!".De repente, lembrou-se de alguém, que estava na estrada. "Ele vai ser apanhado!" Foi quase a gritar que lhe deu o alerta pelo telemóvel.
- Vem aí um furacão!
Do outro lado, respondeu-lhe uma voz estranhamente calma, que ela não conseguiu reconhecer. Vai correr tudo bem, vai correr tudo bem ...
Encontrava-se de novo no quarto, acabada de sair do pesadelo e com a frase ainda a ecoar nos ouvidos. Sentia-se como se tivesse saído de uma sala de cinema, onde ela era a personagem principal de um filme de acção. Lá fora, a tempestade continuava e o espanta-espíritos balouçava freneticamente.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1157475892416892492006-11-01T19:44:00.000+00:002006-11-22T12:49:58.670+00:00O Círculo<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/torre_sol.JPG" width=100%/><br /><br />Visitar Evoramonte era algo que estava definitivamente fora dos meus planos. Eu já perdera a conta ao número de monumentos antigos que visitara naquelas férias e a não ser o facto de o castelo ter quase setecentos anos, nada mais havia ali que me pudesse interessar ou constituir motivo de novidade para mim. Assim pensava eu enquanto seguia pela estrada fora. Mas quando, ao longe, avistei-o no alto daquela colina, tão solitário e ao mesmo tempo tão senhor de si próprio, pensei comigo mesma que certamente não viria mal nenhum ao mundo se eu perdesse algum tempo naquelas paragens, nem que fossem apenas dois minutos para eu dar uma espreitadela. E assim fui, por descargo de consciência, sem esperar grandes surpresas daquela visita. Aliás, se havia algo que me pudesse verdadeiramente surpreender naquela tarde de verão era que o sol, de repente, resolvesse desaparecer dos céus e, com toda a pujança dos elementos, uma tempestade apocalíptica se abatesse violentamente contra aquela torre, ao ponto de não só corrermos o risco de nos tornarmos prisioneiros dela, como também de vermos correr por água abaixo todos os planos que fizéramos para aquela tarde. <br /><br />Felizmente que as nuvens contrariavam os meus pensamentos, indicando não apenas que tão cedo não haveria chuva por ali, como também o juízo final ainda estava muito longe, pois o sol continuava a percorrer placidamente o seu caminho no firmamento, para a alegria dos turistas que por ali passavam e se admiravam com a imponência daquela construção. O sol, aliás, ainda brilhava alto, desafiando por todos os meios as grossas paredes de pedra da torre, cujas minúsculas janelas, numa atitude de permanente desafio, apenas deixavam entrar um fiapo de luz, como que a lembrar ao sol que lá fora mandava ele, mas dentro da torre era o reino da escuridão. <br /><br /><br /><img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/circulo_pedra.JPG" width=100%/><br /><br />Subi então o escadório que dava acesso às várias salas do castelo. Fiquei desapontada ao verificar que as mesmas estavam vazias e, surpreendida comigo própria, perguntei-me por que razão estaria à espera de outra coisa. Tirei a câmara digital da bolsa e comecei a fotografar tudo. Colunas, paredes, escadas e janelas. De vez em quando, um ou outro turista. Era o melhor que podia fazer naquela altura. Lá fora, as nuvens passavam e o tempo também. Estava bem de se ver que não havia mais nada ali para fotografar. Fui-me embora depressa. Eu bem sabia que aquela visita não seria interessante ...<br /><br />Foi então que, uma semana mais tarde, reparei no círculo. Aquilo que os meus olhos não haviam captado naquele dia, fora gravado pela câmara digital. Como um intruso que entra sem pedir licença, o círculo ficara impresso na minha fotografia. Procurei em vão encontrar uma explicação lógica para aquela presença. Sem sucesso. Efeito de luz ou defeito da câmara não explicavam aquela mancha de energia que, insistentemente, sobressaia na foto. Estava para esquecer o assunto. Não havia motivos para perder tempo com uma mancha fotográfica que, quando ampliada, mostrava graduações de textura e cor. Era óbvio que aquilo não passava de energia. Foi então que subitamente compreendi que, em todo aquele tempo em que estivera a fotografar no castelo, as salas nunca tinham estado vazias ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1157135741693677392006-09-01T20:09:00.000+01:002006-10-18T22:20:43.053+01:00Disarm<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/moon_yew_tree.jpg" width=100%/><br /><strong> Moon and Yew Tree </strong> - Mike Ferraro<br /><br />Disarm you with a smile<br />And cut you like you want me to<br />Cut that little child<br />Inside of me and such a part of you<br />Ooh, the years burn<br /><br />I used to be a little boy<br />So old in my shoes<br />And what I choose is my choice<br />What's a boy supposed to do? <br />The killer in me is the killer in you<br />My love<br />I send this smile over to you<br /><br />Disarm you with a smile<br />And leave you like they left me here<br />To wither in denial<br />The bitterness of one who's left alone<br />Ooh, the years burn<br />Ooh, the years burn, burn, burn<br /><br />I used to be a little boy<br />So old in my shoes<br />And what I choose is my voice<br />What's a boy supposed to do? <br />The killer in me is the killer in you<br />My love<br />I send this smile over to you<br /><br />The killer in me is the killer in you<br />Send this smile over to you<br />The killer in me is the killer in you<br />Send this smile over to you<br />The killer in me is the killer in you<br />Send this smile over to you<br /><br /><strong> Disarm </strong> - Smashing PumpkinsLunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1156440251732500102006-08-25T19:47:00.000+01:002006-09-01T17:23:00.803+01:00Reunião<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Porta_evoramonte.JPG" width=100%/><br /><br />Eu devia ter trazido a máquina fotográfica, mas por algum motivo que me escapa, esqueci-me completamente desse pormenor naquele dia. Nem sequer a papelada que juntara ao longo dos anos - fruto de horas de trabalho a escarafunchar livros antigos - eu me lembrara de trazer para a reunião. A data era importante. Iam estar pessoas mais velhas que conheciam pormenores da história familiar de que mais ninguém parecia recordar-se. Um deles era padre. Também ele, por um qualquer desígnio misterioso, ouvira falar da casa e ambicionara conhecê-la pessoalmente. A ocasião, no entanto, não podia ter sido pior. Ele chegara em pleno funeral de um parente distante, que só conheceria depois de morto. Mas a presença daquele padre ali, durante o funeral, surgido não se sabe bem de onde e reclamando laços familiares com o falecido, assumia aos olhos da família enlutada uma mensagem divina de esperança e fé num dos momentos mais sombrios da existência humana. E então marcou-se a reunião. <br /><br />A bem dizer, eu não contava com grandes novidades da parte de nenhuma das pessoas que estavam ali. A maioria delas nunca se interessara muito pelo assunto e, para ser sincera, julguei até que quem iria gastar o latim todo naquela reunião era eu. Mas quando o convidado chegou e dirigiu-se para a eira, formou-se logo ali, à volta dele, uma rodinha e eu fiquei em segundo plano. E ele não perderia tempo a tentar lembrar-se daquilo que o avô lhe contara há muitas décadas atrás. Sim, foi ali na eira. Um crime ou um fuzilamento? A ideias baralhavam-se na sua cabeça. <br /><br />- E sabe há quanto tempo foi? - alguém lhe perguntara.<br />- E foi aqui ou foi na casa? - perguntou outro. <br /><br />Não sabia dizer quando. A história parecia ter corrido de geração em geração, porém, inexplicavelmente, ninguém do nosso lado tivera conhecimento dela. Mas que tinha sido na eira, isso estava fora de questão. Lembrava-se de um grupo. Seriam soldados? Várias tentativas e ninguém parecia acertar no alvo. Má pontaria ou má vontade dos atiradores? Era impossível determinar. Até que, por fim, alguém pôs um lençol no condenado e ouviu-se o tiro de misericórdia. Era tudo de que se lembrava. Lamentava-se não ter tentado saber mais quando ainda estavam vivos. "Ora essa. Porque haveria de pedir desculpas?", pensei eu.<br />A reunião continuou, mas já dentro de portas, com os comes e bebes do costume. Fui buscar a papelada. Era evidente que algo estava a faltar no meu trabalho. Se houve um crime ou fuzilamento, haveria que apurar as razões e as consequências do dito. Destrinçar onde começava a realidade e terminava o mito. Era evidente que tinha de partir para os arquivos novamente.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1156270837352614922006-08-22T19:36:00.000+01:002006-08-25T03:13:10.806+01:00Évora<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Templo_Diana_a.JPG" width=100%/><br /><strong> Templo de Diana </strong><br /><br />Estava a tirar umas fotos do Templo de Diana a partir de ângulos diferentes quando reparei numa construção que sobressaia mesmo ao lado.<br /><br /><img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Templo_Diana.JPG" width=100%/><br /><br />Era de uma igreja, mas o que me chamou a atenção não foi a igreja em si, mas a imagem da pomba que aparece no alto da parede exterior. A pomba é o símbolo do Espírito Santo e não é muito comum aparecer na entrada das igrejas católicas, por isso mesmo fiquei ainda mais curiosa em saber o nome do templo. Afinal, trata-se da Igreja de São João Evangelista que é, nada mais nada menos, que o autor do Livro do Apocalipse ... O mesmo São João Evangelista que, segundo o famoso romancista Dan Brown, é retratado como uma figura feminina no quadro de Leonardo Da Vinci... Pena é que, para visitar a igreja, uma pessoa tenha de desembolsar 3,00 Euros! Ficou para uma próxima oportunidade tanto esta visita como uma ida à Basílica, que custa outros 3,00 Euros. Em 2000, não se pagava nada para entrar, mas como Portugal está de tanga, todo o dinheirinho que possa entrar nos cofres do Estado dá muito jeito, não é verdade? Mesmo que, para isso, se percam alguns turistas menos afortunados pelo Destino.Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1156173952813388452006-08-21T17:51:00.000+01:002006-08-21T18:01:53.256+01:00Crazy<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Jornada_Metafisica.jpg" width=100%/><br /><em> Jornada Metafísica do Navegante da Mente </em> - <strong> Joseph Cusimano </strong> <br /><br />I remember when, I remember, I remember when I lost my mind <br />There was something so pleasant about that phase. <br />Even your emotions had an echo <br />In so much space <br /><br />And when you're out there <br />Without care, <br />Yeah, I was out of touch <br />But it wasn't because I didn't know enough <br />I just knew too much <br /><br />Does that make me crazy ?<br />Does that make me crazy ?<br />Does that make me crazy ?<br />Possibly<br /><br />And I hope that you are having the time of your life <br />But think twice, that's my only advice <br />Come on now, who do you, who do you, who do you, who do you think you are, <br />Ha, ha, ha, bless your soul <br />You really think you're in control <br /><br />Well, I think you're crazy <br />I think you're crazy <br />I think you're crazy <br />Just like me <br /><br />My heroes had the heart to lose their lives out on a limb <br />And all I remember is thinking "I want to be like them" <br />Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun <br />And it's no coincidence I've come <br />And I can die when I'm done <br /><br />Maybe I'm crazy <br />Maybe you're crazy <br />Maybe we're crazy <br />Probably <br /><br /><br /><strong> Gnarls Barkley </strong>Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1154123929940695412006-07-28T22:54:00.000+01:002006-07-28T22:58:49.983+01:00<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/crescent.jpg" width=100%/><br /><br />"Quando tu entras baixam todas a vozes,<br />Ninguém te vê entrar,<br />Ninguém sabe quando entraste,<br />Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,<br />Que tudo perde as arestas e as cores,<br />E que no alto céu ainda claramente azul<br />Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,<br />A lua começa a ser real."<br /><br /><strong> Fernando Pessoa </strong>Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1153239763911359892006-07-18T17:21:00.000+01:002006-07-20T18:53:53.033+01:00Tomara que chova ...<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/tempestade.jpg" width=100%/><br />Adoro dias assim, que anunciam chuva, ou mais propriamente, uma tempestade. É certo que dificilmente haverá um tornado, mas se houvesse, eu não me importava ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1152897550420955162006-07-14T18:23:00.000+01:002006-07-14T18:25:41.306+01:00Wishing (If I had a photograph of you)<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/MilkyWay.jpg" width=100%/><br /><br />It's not the way you look,<br />It's not the way that you smile.<br />Although there's something to them.<br />It's not the way you have your hair,<br />It's not that certain style;<br />It could be that with you.<br /><br />If I had a photograph of you,<br />It's something to remind me.<br />I wouldn't spend my life just wishing.<br /><br />It's not the make-up<br />And it's not the way that you dance,<br />It's not the evening sky.<br />It's more the way your eyes<br />are laughing as they glance<br />Across the great divide.<br /><br />If I had a photograph of you,<br />It's something to remind me.<br />I wouldn't spend my life just wishing.<br /><br />It's not the things you say<br />It's not the things you do<br />It must be something more<br />And if I feel this way for so long<br />Tell me is it all for nothing<br />Just don't walk out the door.<br /><br />If I had a photograph of you,<br />It's something to remind me.<br />I wouldn't spend my life just wishing.<br /><br /><strong> A Flock of Seagulls </strong>Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1151079882781139402006-06-23T18:22:00.000+01:002006-06-23T18:21:39.273+01:00The Lebanon<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Lebanon.jpg" width=100%/><br /><strong> Líbano </strong> - Nabil Kanso<br /><br />She dreams of nineteen sixty-nine<br />Before the soldiers came<br />The life was cheap on bread and wine<br />And sharing meant no shame<br />She is awakened by the screams<br />Of rockets flying from nearby<br />And scared she clings onto her dreams<br />To beat the fear that she might die<br />And who will have won<br />When the soldiers have gone<br />From the Lebanon<br />The Lebanon<br />Before he leaves the camp he stops<br />He scans the world outside<br />And where there used to be some shops<br />Is where the snipers sometimes hide<br />He left his home the week before<br />He thought he'd be like the police<br />But now he finds he is at war<br />"Weren't we supposed to keep the peace"<br />And who will have won<br />When the soldiers have gone<br />From the Lebanon<br />The Lebanon<br />The Lebanon<br />From the Lebanon<br />I must be dreaming<br />It can't be true<br />I must be dreaming<br />It can't be true<br />And who will have won<br />When the soldiers have gone?<br />From the Lebanon<br />The Lebanon<br /><br /><strong> Human League </strong>Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1150733000324994762006-06-19T20:25:00.000+01:002006-06-20T10:44:51.773+01:00Um passeio pelo campoNo intuito de conhecer melhor a Natureza, aproveitei este fim-de-semana para dar um passeio pelo campo. Recolhi algumas plantas e ervas aromáticas que no supermercado são vendidas praticamente a peso de ouro. Agora, sou capaz de reconhecer, no seu estado natural, o chá verde, o alecrim, a erva-cidreira, o louro e o orégão, entre outras variedades. Ao contrário do que possa parecer, a identificação de uma planta não é tão simples. Como em quase tudo na vida, é necessária alguma prática e se não fosse a experiência da pessoa que me acompanhava, facilmente confundiria o chá verde com uma qualquer erva daninha. Mas, com o tempo, os nossos olhos vão-se acostumando às pequenas diferenças no tamanho, cor, textura e cheiro das diversas plantas. Pude constatar que, este ano, a seca não destruiu tanto como no ano anterior e, por isso, até aproveitámos para lançar algumas sementes pelo caminho. Porque a verdade é que algumas variedades que há trinta ou quarenta anos eram comuns pelos campos, estão agora a desaparecer, pelo menos foi o que constatou a pessoa que me acompanhava. Como que imbuídas de uma missão, lá estivemos a podar as pequenas plantinhas que teimavam em brotar pelos cantos, no meio das ervas daninhas, quase que imperceptíveis a olho nu. Fiquei espantada com a minha professora que conseguia distinguir, no meio das folhagens e do mato, um pequeno broto que germinava da terra. Ainda só estou no começo e há tanto para aprender ... Para o ano, há mais.<br /><br />P.S.: Estou bem disposta, daí o texto bucólico ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1150222179133279002006-06-13T19:16:00.000+01:002006-06-14T16:35:44.266+01:00Sonambulismo, epilepsia e outras crises ...<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/sage.jpg" width=100%/><br /><br />Desde sempre, convivi com pessoas que sofrem de epilepsia. Lembro-me que, quando era pequena, tinha medo do meu vizinho - apesar de ele ser boa pessoa - tudo porque ele sofria muitas vezes de fortes ataques epilépticos. Na altura, não compreendíamos a doença e as pessoas diziam que ele era louco. Eu achava estranho, porque um louco, para mim, na altura, era uma pessoa má - tipo cientista louco - mas aquele rapaz não aparentava nada ser aquilo. Mesmo assim, por via das dúvidas, evitava-o. Alguns dos ataques que ele sofria, deixavam-no verdadeiramente magoado, como daquela vez em que estava a subir a escadaria de sua casa e sofreu o ataque ali mesmo, a meio dos degraus. O baque foi tão forte que na altura julguei que tinha sido um pequeno sismo. Quando corri para fora e olhei para a casa ao lado, vi-o estendido no chão, com uma poça de sangue a sair da cabeça. Pensei que ele tinha morrido. É uma imagem que nunca mais me saiu da memória. Apesar da gravidade dos ferimentos, ele recuperou-se. Lembro-me de ter ficado alguns dias a pensar como é que os médicos teriam colado as partes do crânio ... <br /><br />Anos mais tarde, já na adolescência, viria a descobrir que a minha melhor amiga da escola também sofria de epilepsia. O curioso é que só descobriria isso passados alguns anos, dado que me lembro apenas de uma única crise. Ela nunca contara nada a ninguém ... <br />Outras pessoas, porém, gostam de fazer alarde desse tipo de problemas, na tentativa de manipular aqueles que vivem à sua volta, como era o caso de uma senhora que costumava ter crises frequentes, supostamente de epilepsia, mas cujo problema imediatamente ficou resolvido assim que obteve o divórcio do marido ...<br /><br />No entanto, a situação mais curiosa de que tive conhecimento foi a de um rapaz que sofria ao mesmo tempo de epilepsia e sonambulismo. A mãe contava que durante a noite, por vezes, o filho levantava-se e ia para a rua, a dormir. Como não podia deixar a chave na porta, a mãe escondia-a para que o filho não a pudesse usar. Ora, estranhamente, por mais locais em que a mãe tentasse ocultar a chave, o filho acabava sempre por descobrir. Até que, por fim, ela decidiu guardar a chave dentro de uma gaveta com fechadura. É então que, uma noite, acordou com o barulho do filho na sala. Levantou-se e encontrou o rapaz com os olhos fechados a apontar para a gaveta onde ela escondera a chave, ao mesmo tempo que dizia: "Está ali, está ali" ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1149614590793462292006-06-06T18:06:00.000+01:002006-06-06T18:50:07.100+01:00E como hoje é um dia especial ...<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/Albrecht_Durer.jpg" width=100%/><br /><strong> São Jerónimo </strong> - Quadro de Albrecht Durer<br /><br />Não podia deixar passar em branco esta data tão ... simbólica, principalmente para a nossa Comunicação Social ... Vai daí, resolvi publicar não uma, mas DUAS profecias! Nostradamus e o Apocalipse de São João!<br /><br />Centvrie VIII - .70<br /><br />Il entrera vilain, meschant infame,<br />Tyrannisant la Mesopotamie,<br />Tous amis faict d'adulterine dame,<br />Terre horrible noir de phisonomie.<br /><br /><br />Ele entrará vilão, malvado infame,<br />Tiranizando a Mesopotâmia<br />Todos amigos feitos de adulterina dama,<br />Terra horrível negra de fisionomia<br /><br />Seria este o Anticristo anunciado pelo Apocalipse?<br />(Pergunta que aparece no livro "As profecias de Nostradamus" - Publicações Europa-América 1994)Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1149615897165619322006-06-06T18:03:00.000+01:002006-06-06T18:44:57.393+01:00Pelos caminhos de Deus"- Já algum dia leste "O Paraíso Perdido", de Milton?<br />Respondi pela negativa.<br />- Lúcifer diz: "Mais vale reinar no inferno do que servir no Céu ..." Penso que há duas razões para explicar por que é que a batalha final se desenrolará no Médio Oriente ... A primeira encontra-se nesta frase de Lúcifer. Sabemos que a segunda Besta, aquela que reinará na China, será o retrato da primeira, Adolf Hitler. Como ele, ela encharcar-se-á do sangue dos homens ... Como ele, ela perseguirá a mesma ambição: governar o planeta. Como ele, ela lançar-se-á na política cega da terra queimada. Como ele, ela exclamará no meio dos escombros, mas falando da China: "O exército traiu-me! Os meus generais não servem para nada. Ninguém obedece às minhas ordens. Está tudo terminado. O país está perdido, mas ele não estava completamente preparado ou não era bastante forte para a missão que eu lhe confiei. Já que a guerra está perdida, também o povo o estará. É inútil preocuparmo-nos com o que é que ele vai fazer para sobreviver. Pelo contrário, é melhor destruirmos tudo isto. Porque o nosso país demonstrou ser o mais fraco. Aliás, só sobreviveram os medíocres" Este discurso, será certamente proferido pela Besta, mas com uma diferença: ao contrário do seu predecessor, ela terá vencido Magog, ou o que restar dele, e Magog será forçado a obedecer-lhe e a seguir os seus passos até ao local onde se desenrolará a sua última batalha: em Armagedão. Contrariamente ao que pensámos, eles não serão cúmplices, mas um dominará o outro e obriga-lo-á a segui-lo nas chamas do último braseiro. Como o precisa o versículo de João: "Mas longe de se arrependerem das suas acções, os homens blasfemaram o Deus do céu sob o efeito das dores e das chagas".<br />Perturbado, perguntei:<br />- Volto a insistir: porquê o Médio Oriente?<br />- Por duas razões. Um louco não permitirá que subsista um último reduto preservado. Mesmo que os dias desse reduto estejam contados. Ele irá até ao fim da sua loucura. Até ao limite extremo. "Mais vale reinar no inferno do que servir no Céu ..." A segunda razão é de ordem puramente estratégica. Ao fim daquela hora diabólica, teremos voltado praticamente à Idade da Pedra. E o único lugar do mundo onde subsistirá ainda uma grama de energia, a mais antiga, será no Médio Oriente: o petróleo. Para o obter, a Besta estará pronta a tudo. E esse tudo consistirá em devastar - mas desta vez com o apoio de armas convencionais - as cidades que ficaram de pé."<br /><br /><strong> As profecias do Apocalipse </strong> - Gerard BodsonLunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1149187633070047032006-06-05T23:18:00.000+01:002006-06-06T18:33:11.343+01:00Estranhas coincidênciasGosto de coincidências, aprendi a confiar nelas, mas não esperava que um canal de conteúdos mais científicos como o Canal de História se referisse à descoberta de um papiro do tempo de Cleópatra como o desenlace de "uma série de estranhas coincidências". Foi durante uma pesquisa arqueológica sub-aquática para encontrar as pedras do Farol de Alexandria. Parece que os deuses queriam mesmo que os arqueólogos encontrassem o tal papiro. Mistérios ...Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1149105177287554102006-05-31T20:45:00.000+01:002006-06-01T12:42:57.143+01:00Suddenly last Summer<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/last_summer.jpg" width=100%/><br /><strong> Summer Interior </strong> - Edward Hopper<br /><br />It happened one summer<br />It happened one time<br />It happened forever<br />For a short time<br />A place for a moment<br />An end to dream<br />Forever I loved you<br />Forever it seemed<br /><br />One summer never ends<br />One summer never began<br />It keeps me standing still<br />It takes all my will<br />And then suddenly<br />Last summer<br /><br />Sometimes I never leave<br />But sometimes I would<br />Sometimes I stay too long<br />Sometimes I would<br />Sometimes it frightens me<br />Sometimes it would<br />Sometimes I'm all alone<br />And wish that I could<br /><br />One summer never ends<br />One summer never begins<br />It keeps me standing still<br />It takes all my will<br />And then suddenly<br />Last summer<br />And then suddenly<br />Last summer<br /><br /><br />One summer never ends<br />One summer never begins<br />It keeps me standing still<br />It takes all my will<br />And then suddenly<br />Last summer<br />And then suddenly<br />Last summer<br />Until suddenly<br />Last Summer<br /><br />And then suddenly<br />Last summer<br />Until suddenly<br />Last Summer<br /><br /><strong> The Motels </strong>Lunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8584527.post-1148663116083719402006-05-26T18:46:00.000+01:002006-05-26T18:50:09.853+01:00Pero que las hay, las hay (parte II)<img src="http://br.geocities.com/aquasafiri/macbeth06.jpg" width=100%/><br />Henry Fuseli - <strong>As três bruxas de Macbeth</strong><br /><br />"Quando o sol raiasse, as bruxas perdiam os poderes, pelo que deveriam regressar a casa antes de nascer o novo dia. Conta-se que, um dia, a altas horas da noite, um homem regressava a casa quando encontrou as bruxas pelo caminho, que correram em sua perseguição. O homem, aflito, fugiu para uma barraca e escondeu-se debaixo dos sacos e alfaias que aí se encontravam.<br />As bruxas, apercebendo-se que a alvorada não tardava, afadigavam-se em retirar os utensílios com que o homem se tinha protegido. Estavam quase a conseguir o seu intento quando um galo cantou. No céu, divisava-se já os tons claros do alvorecer. Fugindo alvoroçadas, ainda tiveram tempo de ameaçar o pobre homem: "Ah, cão, que se não cantam tão depressa os galos, havíamos de matar-te aqui." (Julio António Borges, ob.cit.)<br />Para "quebrar o fado" a uma bruxa era preciso que um parente descobrisse o local por onde elas passavam, acompanhadas pelo mafarrico. Descoberto o sítio, desenhava um "sanselimão" no chão e colocava-se dentro dele, empunhando uma corda com um aço na ponta. Quando elas passassem, enlaçava a que era sua parente e puxava-a para junto de si. Como as companheiras e o diabo evitavam aproximar-se daquele símbolo, ela ficava liberta do seu fado.<br />Ao aproximar-se a hora da morte, a bruxa tinha que legar os seus "novelos" a alguém, deixando-a herdeira dos seus malefícios. Clamava em altos brados, esperando que alguém a ouvisse. Se alguma mulher incauta acorresse ao chamamento, a bruxa agarrava-se-lhe às mãos e transferia-lhe os seus poderes. Perto de Santo André, ao chegar à estrada que conduz à capela, há uma via a que o povo chamava o "caminho das bruxas". Contam-se vários casos de pessoas que assistiram a estranhas procissões. Naturalmente que o susto as impediu de descobrir que as bruxas não eram mais do que simples romeiros a cumprirem as suas devoções em volta da capela.<br />Gomes de Amorim, no seu livro "As duas Fiandeiras", ao falar de Aver-o-Mar, freguesia de onde era natural, fala-nos desta crença popular: "Nada mais pitoresco e alegre do que esta povoação. De todos os lados se avista a fita azulada das águas do Oceano. As casinhas, pela maior parte caiadas e asseadíssimas dão-lhe uma festiva aparência. Não há habitação que não tenha um quintalzinho com horta e simulacro de jardim, onde nunca faltam as rosas, os cravos, o alecrim, os goivos e dois pés de losna ou de arruda, para afugentar as bruxas".<br /><br /><strong> Paisagem Poveira </strong> - Julio António Borges<br /><br /><strong> Nota: </strong> Sanselimão = Signo de SalomãoLunahttp://www.blogger.com/profile/11729965304430720198noreply@blogger.com