"I have wondered over the years why so many old souls, are here again with us now, back in this age of Aquarius. Every where we recognise those of the same group soul, I imagined as did so many others we were here to mop up after the cold war, but here in the fullness of time my fears were unfounded. The numbers of people who feel spiritually and emotionally disenfranchised, even the sheer numbers of people suffering stress, spiritual loneliness, alienation, depression or unease, can no longer be dismissed.
Many people in their sleep state are striving desperately to prevent the coming Armageddon in the Middle East. In times of crisis we are always sent messengers. The Cold war ended when the predicted man with the sign of the “comet” on his head would come to power. this coincided with ”Halley’s comet,” appearing while President Gorbachev was in office. Gorbachev had a comet shaped birthmark on his forehead. Now President Bush - Incidentally the “Bush” in the dictionary under the term “bush man” is described as a would be settler or traveller in an uncleared land. directly along side the worrying terms - “bushfire” and “ burning bush.”
The American senate has described Iraq as a land needing clearing and for years back psychics have seen burning oil wells. The battle has been raging on the inner planes for some time, no wonder so many wake ill or exhausted, remember in the fight against evil each must play his part in prevention. Just as Stalin the man of atheism, communism and materialism has been identified as an anagram of Satan, the letter “L” means 50 in Latin, coinciding to his stated 50 year march to world domination.
If experts assign Stalin as one of the antichrists, why are the voices of righteousness so silent on “the axis of evil” Bush, Blair and Sharon’ss assault on the Muslim world? Where next ? Attacks on foreigners are called by Britain’s New Labour “hate crimes” But the government is exempt of course. Finally, the book of revelation tells of the mark of the beast on the head and hand, Tony Blair has the well-documented “Simian line” on his hand, this is recognised as an atavistic or psychopathic indicator. And I thought thou shalt not kill was a Christian commandment! or maybe muslims do not count.
Incidentally, in Tony Blairs Sedgefield constituency at the 2005 election, the figures for the electorate were the strange number of 66,666. A case of the devil looking after his own. “By their fruits shall ye know them”?"
Posted by Brendan Kilmartin
Copyright©2006 T.Stokes Paranormal Studies Lecturer/Consultant Palmist
A Cruz e o Crescente
Relato bem-intencionado das minhas impressões, malgrado as imprecisões.
26.6.07
6.6.07
O arranjador de altares
Aquela era uma imagem que, por mais que me esforçasse, não combinava com o resto da pintura.
A rapariga entrou na igreja, ofegante, fugindo da chuva que começara a cair lá fora e, por momentos, nem sequer se lembrou de fazer a genuflexão. No interior do recinto, encontravam-se meia-dúzia de pessoas, atarefadas a enfeitar os altares para a Eucaristia que se iria realizar dali a algumas horas. À meia-luz do templo, ela viu-o. Vestido de fato completo e gravata, como se estivesse preparado para uma festa, encontrava-se um homem loiro a enfeitar com rosas brancas o altar de Cristo crucificado. Por momentos, pensou ter a visão de um anjo, mas, imediatamente, algo puxou-a de volta à terra. Não, não era um anjo, pois que as mãos que manejavam a tesoura e aparavam as hastes das rosas denunciavam a passagem do tempo por aquele corpo, impressa nos sulcos da pele visíveis à superfície. Quarenta e picos ... Não lhe dava mais do que isso. Era o único homem que se encontrava lá dentro, mas ela juraria que ele não se incomodava nada com esse facto ... Espantou-se com a habilidade e destreza com que colocava as rosas nos vasos. "Eu não teria tamanha facilidade" - pensou, invejosa, ao lembrar-se das dificuldades que tinha em criar um simples arranjo de flores em casa. Se havia algo que ela nunca conseguira fazer com perfeição era organizar um ramo de flores dentro de um vaso. Que desígnios do Acaso teriam colocado aquele homem a enfeitar o altar? Sim, porque se havia algo de que ela estava absolutamente convencida era de que aquela tarefa estava reservada às mulheres! Lembrava-se da avó que ficara incumbida, por herança familiar, de enfeitar o altar de N. Sra. da Conceição. Era uma missão que passara por várias gerações na família, já ninguém se lembrava de quem teria sido a primeira pessoa a fazê-lo. Mas um homem a enfeitar um altar, nos tempos que correm, era algo de que realmente não estava nada à espera ... Foi surpreendida a olhar para ele. Com discrição desviou o olhar, tentando parecer natural, mas algo lhe dizia que ele tinha reparado ... Achou melhor sair dali. Fez o sinal da cruz e aproveitou para dar uma última olhada no arranjo final. Estava perfeito. Quando saiu da igreja, a chuva já terminara, mas no ar pairava um intenso aroma a água de rosas.
15.5.07
O Solitário
Não passava de um quarentão solitário cuja vida, na melhor das hipóteses, resumia-se a navegar na internet em busca de alguém que lhe desse a atenção que, desesperadamente, não encontrava em casa. Há muito que, para ele, o mundo em que vivia despira-se de todo o sentido, e naquelas madrugadas perdidas em frente ao computador, procurava encontrar o esboço de uma qualquer ilusão que, para ele, parecia apenas residir nos códigos mortos da internet. Ao longo dos anos, a realidade que tanto odiava transformara-o num cínico e criara um homem falso no qual, por detrás das falinhas mansas e do tom aparentemente benévolo com que tratava os seus interlocutores, se escondia um monstro de duas faces, cujas acções dificilmente poderiam corresponder aos pensamentos. As suas principais vítimas eram as mulheres. Era para elas que dirigia toda a raiva que acumulara desde o dia do divórcio. E quando alguma incauta caia na rede dos seus supostos encantos, dificilmente poderia imaginar que naquele jogo de palavras gentis tecladas por mãos habilidosas de sorriso hipócrita, estava escondida uma aranha que tecera ardilosamente, ao longo do tempo, uma teia de enganos e desilusões. O cerne da sua vida, aliás, a sua razão de existir, limitara-se a isto: à vingança. Perdera a conta às madrugadas que passara em frente ao computador a tentar inventar poemas e palavras bonitas. As gajas davam-lhe muito trabalho e já não havia pachorra nem criatividade para aturá-las. Uma vez, fizera-se passar por padre e ouvira pequenas confissões de quem não se sentia bem na vida. A ingenuidade é tão velha quanto o mundo e por mais que se saiba que na internet não se vêem caras nem corações, haveria sempre de aparecer alguém pronto para sofrer a primeira desilusão cibernética. Porém, essas pequenas vitórias que, temporariamente, lhe alimentavam o ego não eram suficientes para tapar o vazio existencial que sentia todas as noites antes de ir para a cama.
14.5.07
Piropos
Hoje aconteceu-me uma coisa que me fez realmente sorrir, como já não acontecia há muito tempo ... Estava a caminhar no passeio quando ouço um indivíduo que, de dentro do carro, põe a cabeça para fora e grita com toda a força: `"És a flor mais linda da primavera, moça!". Confesso que aquilo apanhou-me de surpresa. Normalmente, não gosto de piropos, principalmente quando são lançados por velhos, que já deviam ter idade para ganharem juízo. Não foram poucas as vezes em que coloquei indivíduos em muito má situação por causa de palavras que considerei abusivas, com a mulher ao lado e tudo! Mas desta vez, sorri ... Para quem já está quase a chegar aos quarenta, não está nada mal, não senhora ...
11.4.07
Confluência (para Sara)
Passou de carro em frente à loja e hesitou se devia parar ou continuar o caminho. Não havia muito tempo que lá estivera e, fazendo jus à sua sensibilidade, perguntava-se se não estaria a incomodar demasiadamente aquela pessoa que lhe tinha dado ouvidos uma e outra vez, desde aquela primeira noite em que se sentara no café do auditório e contara parte da sua vida a uma estranha. Decidiu parar. Intimamente, algo lhe dizia que podia confiar naquela mulher, por mais auto-censuras que a sua mente ou os seus temores lhe impusessem. A mulher da loja estava só. Nos últimos tempos, também ela pensara naquela quase desconhecida que, certa noite, lhe segredara parte das suas angústias. Simpatizara com ela desde então, talvez por terem um percurso de vida muito semelhante. Mas ao contrário da outra, a mulher da loja estava de bem consigo própria ...
9.3.07
Festa
Supostamente toda a gente devia estar feliz naquele dia, afinal não era sempre que uma festa luxuosa daquelas acontecia. O cenário era lindíssimo: uma quinta, uma fonte onde todos aproveitavam para tirar fotografias, um extenso relvado onde as crianças podiam brincar e um parque infantil especialmente construído para elas. Campo de futebol e uma piscina que nunca chegou a ser utilizada completavam o cenário. Mas, de todas essas coisas, o que sobressaía mesmo naquela idílica paisagem era o edifício. Majestosamente instalado no alto de uma colina, só era possível aceder-lhe através de uma escadaria, cujos degraus se afunilavam à medida que íamos subindo. Alcançar o topo das escadas era o objectivo final de todos os que se atreviam a desafiá-la e a recompensa, ao fim de tanto esforço, estava mesmo ali à mão de semear: numerosas mesas espalhadas à volta do edifício ostentavam toda a espécie de aperitivos, adornados de tal maneira que uma pessoa sentia-se intimidada só de ter que estragar aquelas esculturas tão saborosas. De facto, fora tal o trabalho empregue na elaboração dos pratos que uma pessoa não só regalava os olhos com a beleza destes, como também mimoseava o paladar, saboreando rissóis, croquetes, mariscos, salada de polvo e até lagosta, tudo acompanhado de vinhos e bebidas das mais variadas espécies, numa verdadeira antecipação do generoso repasto que nos esperava dentro do restaurante, no qual se incluía o tão esperado arroz de tamboril, que toda a gente comentava ainda antes de chegarmos ao local. Isabel também lá se encontrava. Como todas as pessoas presentes na festa, ela parecia estar feliz, embora se sentisse deslocada por saber que não fazia parte daquela família.
Não sei se por indicação dos anfitriões ou se por achar que ali eu seria a única pessoa com quem poderia entabular uma conversa, a verdade é que Isabel viera sentar-se à minha mesa ... Eu esperava passar uma noite divertida, juro que esperava, afinal tinha-me preparado física e mentalmente para estar uma noite inteira a comer, rir e dançar. E não fosse o facto de habitualmente me deitar cedo, tal como fazem as galinhas, não havia no horizonte mais próximo nenhuma outra sombra que me pudesse estragar aquela noite. Mas, pronto! Isabel sentou-se ao meu lado! E mal a senti junto a mim, soou no meu espírito um alarme, como que a avisar-me de que nem tudo correria tão bem como eu havia antecipado ...O jantar, no entanto, decorreu com normalidade. Tal como eu pudera comprovar nos aperitivos, havia esmero na confecção daqueles pratos. Não só o jantar estivera óptimo, como também a música ambiente era acolhedora e por momentos esqueci-me de que Isabel era minha vizinha. A alegria no ar, aliás, era contagiante e nem quando os convidados, já depois de perfeitamente saciados e algo bêbados, se foram levantando das mesas para acompanhar a fila de pessoas que, entretanto, se formara para dançar ao ritmo de "Apita o Comboio", nem mesmo nessa altura, a sombra de Isabel me voltou a incomodar. Na verdade, a minha mente havia temporariamente se esquecido da presença daquela mulher e concentrara-se no arroz de tamboril que ainda não havia sido servido. "Será durante a madrugada", respondera-me um empregado. "De madrugada?! E isso são horas de comer?" - pensava eu surpreendida. É que eu estava mesmo à espera daquele prato. E podia sofrer a noite toda com o sono, mas nada me impediria de experimentar o famigerado arroz! Voltei a concentrar-me em Isabel. Ela ainda não se tinha levantado para dançar, algo que me pareceu estranho, dada a experiência que eu já tinha de festas anteriores. Contrariando o ambiente geral, Isabel parecia triste, o olhar distante, como se quisesse fugir dali para um local que nem ela saberia dizer onde fica.
- O que fiz de mal a Deus? - balbuciou a mulher por entre goles de vinho. Percebi onde ela queria chegar. Acabara de ser expulsa de casa, do único bem que lhe deixara o pai como herança. A meia-irmã não fora capaz de conter os ímpetos gananciosos do marido que, alegando uma suposta deficiência mental da cunhada, pusera Isabel fora de casa. Agora vivia de favor em casa dos meus tios, daquela família a quem, talvez, ela gostasse de pertencer se não tivesse tido o azar de nascer enjeitada.
- Gosto muito dos meus sobrinhos, eles sabem disso, mas o que me fizeram não esquecerei nunca. - continuava a mulher. Normalmente, Isabel já falava com dificuldade, mas a bebedeira em que parecia estar a mergulhar-se dificultava ainda mais a compreensão do que ela dizia.
- Isabel, tu não és a única a sofrer. - respondi-lhe num tom pouco convincente. Tentava descobrir alguma maneira de a poder confortar. Mas era difícil. Naquela noite, Isabel chorava, como as águas da fonte que, lá fora, tinham embelezado o cenário das fotos dos meninos felizes.
21.2.07
Isabel
Isabel nascera do acaso. O seu corpinho franzino denunciava as sequelas de uma infância difícil, em que a palavra Amor tinha um significado que ela ainda não descobrira após quase meio século de vida. Aquando do seu nascimento, tornara-se óbvio para todas as pessoas a viver naquela casa que a criança viera ao mundo para sofrer, e quando o pai a colocou aos cuidados de uma prima distante, às vésperas de embarcar para o Brasil, surgiram com nitidez, na mente de cada uma das pessoas que se encontravam naquela sala, os presságios de uma vida difícil, que se concretizariam num longo historial de abandono e solidão. O seu calvário, aliás, começara quando ela mal tinha chegado ao mundo, com a morte da mãe em consequência das mazelas do parto ...
Eu nunca reparara em Isabel com a devida atenção que ela merecia. Na verdade, a sua aparência demasiado frágil sempre me provocara algum mal-estar. Nunca percebera muito bem porque tinha as pernas tão finas e uma cabeça tão desproporcional em relação ao corpo, o qual parecia não conseguir controlar muito bem. Não fora já a Natureza suficientemente madrasta para com o seu aspecto exterior e ainda tinha de suportar o facto de não conseguir caminhar com naturalidade. Com efeito, o seu andar dava o toque final à sua frágil figura, movimentando-se Isabel como se fosse um boneco desajeitado, articulando braços e pernas como se estivesse a ser manipulada por cordas de marionetes, num absurdo teatro em que ela era a personagem trágica. De tal forma era bizarro o seu andar, que quem não a conhecesse, poderia pensar que ela se tinha em muito alta conta, tamanho era o esforço que fazia para manter a cabeça erguida. Mas o que mais me impressionava em Isabel era a sua dificuldade em articular uma frase, sem que, para isso, tivesse que fazer um grande esforço. É curioso. Eu via inteligência em Isabel, mas os defeitos no seu corpo faziam com que todos pensassem que ela tinha algum tipo de deficiência mental. Até então eu não me dera ao trabalho de conjecturar sobre a vida daquela mulher e tentar descobrir o porquê de, tantas vezes, ela vir ter comigo para conversar, mas suponho que tal se devesse ao facto de eu sempre me ter revelado cordial para com ela e, não raras vezes, distanciar-me das atitudes e pensamentos da minha avó, por quem Isabel, por mais graves que tenham sido os desmazelos da minha ascendente, sempre demonstrara um sentimento de gratidão, por ter sido a única pessoa que cuidara dela na infância ... Sim, a minha avó herdara o fardo de a criar ainda sequer tinha completado trinta anos, e talvez por isso Isabel haveria de pagar o preço, por ter sido o objecto de uma boa acção que a minha avó nunca pretendera realizar, mas que, por razões familiares, lhe tinha sido imposta no leito de morte da sua mãe.
9.2.07
Out of this World
I'm praying for rain
I'm praying that you'll come to your senses
Because whilst you bask in the warmth of the sun
You're vulnerable and defenceless
There are so many people
Who come to depend on you
There are even some Impressionable Fools
For whom you are a guru
And you turn to them and you say
Love is in the season
But the seasons change
Then what will you believe in?
When the winter comes
That's when I'll be leaving
I leave to find a way
To break out of this world
Yes, there's got to be a way
To break out of this world
You won't burn out
Yours is a love that smoulders
So why do you feel
That you're carrying the weight
Of the world upon your shoulders?
Not that it amounts too much
But I'd help you if I could
Now don't waste your breath
Refusing my help
That's already understood
And you turn to me and you say
Love is in the season
But the seasons change
Then what will you believe in?
When the winter comes
That's when I'll be leaving
I leave to find a way
To break out of this world
Yes, there's got to be a way
To break out of this world
Out of this World - Edwyn Collins
I'm praying that you'll come to your senses
Because whilst you bask in the warmth of the sun
You're vulnerable and defenceless
There are so many people
Who come to depend on you
There are even some Impressionable Fools
For whom you are a guru
And you turn to them and you say
Love is in the season
But the seasons change
Then what will you believe in?
When the winter comes
That's when I'll be leaving
I leave to find a way
To break out of this world
Yes, there's got to be a way
To break out of this world
You won't burn out
Yours is a love that smoulders
So why do you feel
That you're carrying the weight
Of the world upon your shoulders?
Not that it amounts too much
But I'd help you if I could
Now don't waste your breath
Refusing my help
That's already understood
And you turn to me and you say
Love is in the season
But the seasons change
Then what will you believe in?
When the winter comes
That's when I'll be leaving
I leave to find a way
To break out of this world
Yes, there's got to be a way
To break out of this world
Out of this World - Edwyn Collins
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